24 outubro 2007

NOTICIAS " EDUCAÇÃO"

Ensino médio brasileiro deverá ser reestruturado Uma portaria interministerial propondo ações de reestruturação do ensino médio brasileiro foi assinada ontem, dia 24, pelo Ministério da Educação e a Secretaria Planejamento Estratégico da Presidência. O objetivo é engajar os poderes federal, estaduais e municipais na iniciativa. De acordo com o ministro extraordinário de assuntos estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, "o ponto mais fraco do nosso sistema escolar é justamente o ensino médio. Estamos imaginando uma rede de escolas médias federais que ocuparia de 10% a 20% das matrículas das escolas médias do país. Portanto, seria mais do que um mero projeto piloto, mas seria muito menos do que o universo total das matrículas das escolas médias". Ele explicou que, por razões econômicas, as escolas federais têm até hoje um ensino rígido de ofícios industriais, ou seja, preparam trabalhadores para a indústria, sem levar em consideração a necessidade de um ensino mais generalista, que possibilite ao estudante acesso aos demais setores da economia. Para ele, o Brasil não quer mais um ensino generalista para as elites e específico para as massas populares. O ministro defendeu que, em vez do ensino informativo e enciclopédico que existe atualmente no país, é preciso oferecer o que chamou de ensino analítico e capacitador. "Essa rede de escolas médias federais pode ser um grande instrumento para a transformação da pedagogia brasileira". Senado debate diferenças entre Bolsa-Escola e Bolsa-Família As diferenças conceituais entre os programas Bolsa-Escola - criado no governo Fernando Henrique Cardoso - e Bolsa-Família - implantado pelo atual governo - foram o principal tema em debate durante audiência pública realizada ontem, 24, pela Comissão de Educação (CE). A pedido dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Rosalba Ciarlini (DEM-RN) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), a audiência foi convocada para debater problema apontado em reportagem publicada na imprensa, segundo a qual a evasão escolar permanece alta, apesar da ampliação do programa Bolsa-Família. Na abertura da audiência, os jornalistas Paloma Olivetto, do Correio Braziliense, e Luiz Ribeiro, de O Estado de Minas, ressaltaram a falta de esperança de crianças e jovens de cidades do interior do país, mesmo que beneficiadas pelo programa. Paloma disse ter se deparado com um "cenário desolador" no interior do Nordeste, onde o sonho de muitos jovens é o de tentar a vida cortando cana em São Paulo. Ribeiro, por sua vez, considerou marcante o desinteresse de crianças e adolescentes pela escola. Leitorado com inscrições abertas para ensinar português no exterior O Programa de Leitorado, uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores, recebe inscrições, até 8 de novembro, para a atividade de leitor brasileiro em universidades estrangeiras. Há vagas em Angola, Argélia, Bolívia, Eslovênia, Guiana, Jamaica e Paraguai. O candidato pode concorrer a mais de um leitorado. Os interessados devem ter nacionalidade brasileira e fluência na língua estrangeira do país para o qual pretendem se candidatar. Também é necessário ter experiência didática no ensino de língua portuguesa para estrangeiros. O exercício do leitorado será de dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. O leitor terá direito a passagens aéreas e auxílio financeiro mensal entre 1,2 mil a 4,2 mil dólares, de acordo com o país de destino.

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