25 outubro 2012


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Alfabetização: como trabalhar linguagem e reflexão sobre o sistema juntos


Saiba como articular as práticas de leitura e de produção de texto à reflexão sobre a escrita durante projetos e sequências didáticas

Combinação perfeita. Foto Paulo Vitale. Ilustração: Anna Cunha

Ao pesquisar sobre um animal, as crianças aprendem sobre ele e sabem o que escrever quando o professor pede que nomeiem as partes do seu corpo. Elas podem, assim, refletir sobre o sistema alfabético e definir que letras usar e em que ordem.


"O que Chapeuzinho Vermelho pergunta primeiro ao Lobo: que olhos grandes você tem ou que orelhas grandes você tem?", indaga a professora após apresentar o conto à turma do 1º ano. Resolver esse problema é um grande desafio para quem está no início da alfabetização. Afinal, responder com segurança exige voltar ao texto e buscar as palavras olhos e orelhas, que começam e terminam com as mesmas letras. Propostas como essa, que tem por objetivo levar à reflexão sobre o sistema de escrita durante a leitura e a produção de texto, ainda são raras nas nossas salas de aula. 

A tarefa de pensar sobre o funcionamento da escrita tem ficado restrita às atividades permanentes, com listas e textos memorizados, como cantigas e parlendas. Nada contra elas - que podem e devem continuar na rotina. Mas por que não aproveitar os momentos em que as crianças estão lendo ou produzindo um texto sobre um animal na aula de Ciências, por exemplo, para também levá-las a pensar sobre os aspectos do sistema alfabético e as relações grafofônicas? "Combinar a reflexão sobre a escrita com as práticas sociais de leitura e produção de texto é muito mais efetivo", diz Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. 

Uma boa proposta de alfabetização requer planejamento e pressupõe saber como os alunos escrevem, organizar a rotina em projetos, sequências e atividades permanentes e escolher bons materiais de leitura e estudá-los. Além disso, não podem faltar em sala as letras do alfabeto, a lista de nomes dos estudantes, livros e os textos da garotada. Assim, na hora de escrever, todos poderão se apoiar em palavras conhecidas ou verificar em fontes oficiais se as antecipações feitas estão corretas. 

Veja um exemplo: os alunos leem a capa de um livro ilustrado com um elefante e cujo título é Animais. Ao ler, eles antecipam - com base apenas na imagem - que a obra se chama Elefantes. Para que se apoiem no texto, você pergunta qual a primeira letra da palavra elefantes. Alguém responde "E", volta ao texto para ver se está correto e se depara com o A. "É como um jogo: se a antecipação não é adequada para resolver o problema, é preciso procurar outras pistas", explica Diana Grunfeld, presidente da Rede Latino-Americana de Alfabetização, na Argentina. 

À medida que avançam em suas hipóteses de leitura e escrita, os estudantes desenvolvem, com base no trabalho do professor, alternativas de verificação cada vez mais sofisticadas. Inicialmente, diferenciam as figuras dos textos. Depois, imaginam que só é possível ler algo com mais de três letras. Por fim, fazem análises qualitativas, verificando principalmente as letras iniciais e finais de cada palavra. A todo momento, devem estar tranquilos para escrever como sabem e cientes de que terão todo o ano para aprender. 

Para que você possa ajudar ainda mais a turma nesse trajeto, nas páginas seguintes, mostramos na forma de história em quadrinhos seis atividades de reflexão sobre o sistema inseridas em situações de leitura e de produção de texto. Elas fazem parte da sequência didática A Diversidade dos Animais, elaborada pela equipe de Práticas de Linguagem da Divisão de Educação Primária de Buenos Aires, na Argentina. A intervenção do professor, como você verá, é essencial para que o aluno compreenda como se escreve.

Utilizar um índice ou uma lista

Sozinhos ou em grupos, os alunos devem folhear livros e enciclopédias para interpretar ilustrações e encontrar informações sobre animais. Mostre o índice de algum dos volumes consultados e explique de que forma ele ajuda a localizar o que procuramos. Distribua cópias de parte do índice ou de uma lista com nomes de bichos que começam com a mesma letra. Leia os nomes em uma ordem aleatória e não aponte para cada um deles enquanto lê. Escolha um termo e proponha uma discussão.


Para responder qual é CANGURU, os alunos pensam e voltam ao texto para verificar a resposta. Depois, justificam a escolha e reavaliam suas ideias com base no que os colegas disseram. As crianças têm diferentes saberes sobre a escrita e procuram o termo com base na análise sonora e nas letras iniciais e finais, observam a palavra na totalidade ou identificam nela parte do nome do amigo. Socializar as respostas e os procedimentos utilizados por cada um ajuda todos a avançar.


Escrever e analisar a informação registrada

Como preparação para um estudo de campo, defina com os alunos os materiais necessários, os animais a serem pesquisados, que características observar e como tomar notas. Forme grupos de três e explique que cada criança deve escrever o nome do animal que irá observar e informações como número de membros e tipo de revestimento. De volta à sala, é hora de ler as anotações, compartilhá-las e revisá-las. Passe pelos grupos, observe como escreveram e inicie a discussão.


As intervenções feitas em sala levam as crianças a descobrir contradições e lacunas em suas anotações. Ao revisá-las e confrontá-las com as dos colegas, elas colocam em jogo várias práticas de leitura e escrita: leem suas anotações e ouvem as dos outros, comparam os dados registrados, discutem sobre qual informação convém ou não tirar do texto que escreveram e completam as próprias anotações. Com isso, reavaliam suas ideias e avançam em suas hipóteses de escrita.

Completar uma tabela e analisá-la

À medida que segue o estudo sobre os animais, organize com as crianças as informações pesquisadas nos livros e durante o trabalho de campo. Uma tabela é preenchida conforme elas ampliam os conhecimentos sobre o tema. Faça uma cópia dela, deixando algumas colunas vazias para que a turma complete com os dados correspondentes.


As discussões são iniciadas com Taís e Francisco para que todos entendam como deve ser o trabalho em dupla. As questões colocadas fazem com que as crianças justifiquem suas escolhas, explicitem seus argumentos e interpretem seus escritos para os demais. Francisco tem uma hipótese de escrita silábica com valor sonoro convencional e a reflexão de Taís traz problemas novos para ele, o que é muito útil nesse momento da aprendizagem.

Ler para preencher um álbum

Os alunos devem completar um álbum de figurinhas. Escolha uma das páginas em que aparece um tipo de animal - por exemplo, os peçonhentos. Peça que as crianças leiam o nome registrado abaixo do espaço reservado para cada imagem antes de selecionar a que será colada. Além de ampliar os saberes sobre os bichos, a turma deve refletir sobre a língua escrita.


conhecimentos prévios dos alunos são levados em consideração pela professora, que faz diferentes perguntas para que todos avancem. Com isso, ela possibilita a reflexão sobre aspectos quantitativos (o tamanho da palavra e o número de letras que a compõem) e os qualitativos (quais letras usar). Os mais avançados podem comparar termos que começam e terminam da mesma forma. Assim, pensam a respeito da palavra como um todo.

Escrever legendas

Proponha que, em duplas, os alunos façam legendas para imagens de animais. Eles devem escrever o nome das partes do corpo indicadas com setas e algumas características relacionadas ao conteúdo. Para ajudá-los a resolver as dúvidas, deixe ao alcance de todos as letras do alfabeto, uma lista com o nome dos alunos, fichas com as anotações sobre os animais estudados e livros diversos.


As intervenções da educadora contribuem para que a turma perceba as diferenças entre o falado e o escrito, como ocorre com os dois meninos. Além disso, ela cria situações que possibilitam às crianças se apoiar nas letras iniciais e finais das palavras para verificar se a antecipação que fizeram está correta. Esse foi o caso das duas garotas, que precisaram recorrer a um texto de referência para saber se estavam certas ou não ao escrever "patas traseiras".


Localizar informações

Peça que os alunos verifiquem se o que eles escreveram sobre as partes do corpo de um dos animais estudados em sala corresponde ao que informa a enciclopédia. Para isso, mostre a eles a página que contém as informações pertinentes.



Ao pedir algo específico, a educadora possibilita aos pequenos distinguir a imagem e o texto. Localizada a legenda, o desafio é encontrar uma parte da cadeia gráfica, ajustando o falado ao escrito, as letras e partes de palavras conhecidas. Nesse jogo entre a possibilidade de antecipação e a necessidade de verificação, a turma vai aprendendo a ler sem abrir mão do significado dos textos.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/alfabetizacao-como-trabalhar-linguagem-reflexao-sistema-juntos-683013.shtml

O LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO


"O Lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação." (Santo Agostinho)
No caso específico de jogos e brincadeiras, no entanto, quando direcionados para a alfabetização e o ensino de língua materna, isso é perfeitamente possível. Por meio deles integram-se o prazer e o aprender, sabor e saber. Nesse sentido, o jogo tem a função de auxiliar o educador para promover tanto a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética quanto prática de leitura, escrita e oralidade significativas, portanto é necessário  que a escola ofereça aos alunos,desde os primeiros momentos, oportunidades de contato com a leitura e a escrita como práticas sociais, ou seja, revestidas de significado, nas quais se busca a interação com o outro.
A organização de espaços adequados para estimular brincadeiras e jogo constitui atualmente uma das preocupações da maioria de educadores e profissionais de instituições escolares.
A docente Maria Célia R.M Campos (2005), da Universidade Presbiteriana Mackenzie,ressalta que o uso dos jogos no contexto educacional  só pode ser situado corretamente  a partir da compreensão dos fatores que colaboram para uma boa aprendizagem ativa,ou,seja,mais do que o jogo em si , o que vai promover uma boa  aprendizagem é o clima de discussão e troca,com o professor permitindo tentativas e respostas divergentes ou alternativas tolerando os erros,promovendo novas analises.
De acordo com Campos dependendo  de como  é conduzindo,o jogo ativa e desenvolve os esquemas de conhecimento,aqueles que colaborarão na aprendizagem de qualquer novo conhecimento os procedimentos usados no jogo com o planejamento,a previsão,a antecipação o método de registro e contagem...
Através de jogos é possível apreender aspectos importantes da constituição psíquica de uma criança assim seu nível de desenvolvimento social e cognitivo. Nesse sentido, o jogo pode ser utilizado tanto no diagnostico psicopedagógico quando recursos  para posterior  intervenção psicopedagogica : o jogo favorece a analise de processo de pensamentos utilizados pelo aluno (criança ou mesmo adulto ) e das relações que se estabelece com parceiro com as regras de seres estabelecidas .
O momento de introduzir o jogo deve ser estudado cuidadosamente o educador deverá respeitar o limite de cada educando  a introdução de uma atividade que não esteja de acordo com o nível do educando poderá provocar frustração,trazendo desinteresse pela mesma .
O papel do educador será propiciar a utilização dos jogos e brincadeiras de tal forma que possibilite ao educador descobrir vivenciar, modificar e criar as regras e acompanhar o educando durante a pratica da atividade mediando às situações, facilitando sua integração ao ambiente e participando do mesmo como elemento estimulado em todas as oportunidades cuidando para que tudo esteja em harmonia. Pois a ludicidade é importante para o ser humano em qualquer idade, então, propiciar situações com jogos é garantir prazer, desafio  e melhor desempenho dos alunos em diversas áreas do conhecimento. Muitos teóricos e estudiosos destacam a importância do lúdico. Piaget e Vygotsky têm sido referências básicas na área educacional e deram destaque, em seus estudos, à aplicabilidade educativa, marcando as propostas de ensino em bases mais científicas. Segundo seus estudos, os jogos têm importância fundamental para o desenvolvimento físico e mental da criança, auxiliando na construção do conhecimento e na socialização.

 
"O Lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação." (Santo Agostinho)
No caso específico de jogos e brincadeiras, no entanto, quando direcionados para a alfabetização e o ensino de língua materna, isso é perfeitamente possível. Por meio deles integram-se o prazer e o aprender, sabor e saber. Nesse sentido, o jogo tem a função de auxiliar o educador para promover tanto a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética quanto prática de leitura, escrita e oralidade significativas, portanto é necessário  que a escola ofereça aos alunos,desde os primeiros momentos, oportunidades de contato com a leitura e a escrita como práticas sociais, ou seja, revestidas de significado, nas quais se busca a interação com o outro.
A organização de espaços adequados para estimular brincadeiras e jogo constitui atualmente uma das preocupações da maioria de educadores e profissionais de instituições escolares.
A docente Maria Célia R.M Campos (2005), da Universidade Presbiteriana Mackenzie,ressalta que o uso dos jogos no contexto educacional  só pode ser situado corretamente  a partir da compreensão dos fatores que colaboram para uma boa aprendizagem ativa,ou,seja,mais do que o jogo em si , o que vai promover uma boa  aprendizagem é o clima de discussão e troca,com o professor permitindo tentativas e respostas divergentes ou alternativas tolerando os erros,promovendo novas analises.
De acordo com Campos dependendo  de como  é conduzindo,o jogo ativa e desenvolve os esquemas de conhecimento,aqueles que colaborarão na aprendizagem de qualquer novo conhecimento os procedimentos usados no jogo com o planejamento,a previsão,a antecipação o método de registro e contagem...
Através de jogos é possível apreender aspectos importantes da constituição psíquica de uma criança assim seu nível de desenvolvimento social e cognitivo. Nesse sentido, o jogo pode ser utilizado tanto no diagnostico psicopedagógico quando recursos  para posterior  intervenção psicopedagogica : o jogo favorece a analise de processo de pensamentos utilizados pelo aluno (criança ou mesmo adulto ) e das relações que se estabelece com parceiro com as regras de seres estabelecidas .
O momento de introduzir o jogo deve ser estudado cuidadosamente o educador deverá respeitar o limite de cada educando  a introdução de uma atividade que não esteja de acordo com o nível do educando poderá provocar frustração,trazendo desinteresse pela mesma .
O papel do educador será propiciar a utilização dos jogos e brincadeiras de tal forma que possibilite ao educador descobrir vivenciar, modificar e criar as regras e acompanhar o educando durante a pratica da atividade mediando às situações, facilitando sua integração ao ambiente e participando do mesmo como elemento estimulado em todas as oportunidades cuidando para que tudo esteja em harmonia. Pois a ludicidade é importante para o ser humano em qualquer idade, então, propiciar situações com jogos é garantir prazer, desafio  e melhor desempenho dos alunos em diversas áreas do conhecimento. Muitos teóricos e estudiosos destacam a importância do lúdico. Piaget e Vygotsky têm sido referências básicas na área educacional e deram destaque, em seus estudos, à aplicabilidade educativa, marcando as propostas de ensino em bases mais científicas. Segundo seus estudos, os jogos têm importância fundamental para o desenvolvimento físico e mental da criança, auxiliando na construção do conhecimento e na socialização

oralidade,leitura e escrita


Oralidade, leitura e escrita como formas de aprendizagem

A oralidade, a leitura e a escrita estão presentes em nosso cotidiano de forma articulada. Uma contribui para o desenvolvimento da outra. Diante disso uma das principais tarefas da escola seria fazer com que todos os educandos tenham o conhecimento e domínio das múltiplas funções da linguagem, onde esta possui diferentes manifestações e tem por objetivo a ação da comunicação entre as pessoas.
De acordo com DIAS (2001, p. 25) nossa tarefa, como educadores, seria abordar os mais variados tipos de textos em sala de aula, analisando as semelhanças e diferenças, a estrutura textual de cada um, o vocabulário utilizado, buscando incentivar a leitura, a interpretação e a produção pelos próprios alunos dos mais variados portadores de textos existentes e utilizados em nossa sociedade.
A professora que observamos aderiu ao PAIC (Programa Alfabetização na Idade Certa). Seu trabalho baseia-se em uma avaliação diagnóstica, onde registra em qual nível de leitura e escrita as crianças se encontram, para que, a partir das dificuldades apresentadas, possa planejar suas intervenções.
Para estabelecer uma boa relação entre as crianças a professora promove atividades que contribuem para que haja uma boa adaptação das crianças ao ambiente escolar. Procura sempre planejar uma semana bem acolhedora e divertida trazendo, por exemplo, brincadeiras que gerem interação e convívio em grupo.
Trabalha a oralidade, a leitura e a escrita de forma articulada. Fixa cartazes nas paredes para que as crianças acompanhem o que for sendo vivenciado. Ler palavras para que elas repitam e depois escrevam, seja coletivamente ou individualmente. Confecciona para os alunos fichas com seus respectivos nomes, em letra cursiva e em letra bastão, para proporcionar o contato deles com as letras de seus nomes e da de seus colegas. Com estas fichas são realizadas atividades como: identificar a ficha que contem o nome do colega, contar o numero de letras destacando a letra inicial e a final.
Estimula a consciência fonológica cantando músicas que as crianças conhecem trocando as palavras por sons de sílabas. Por exemplo: na música “Atirei o pau no gato...” cantam PA, PA, PA... (de acordo com a melodia); depois com outras sílabas, sucessivamente.
A oralidade é trabalhada, em especial, através da construção de histórias, leituras dramatizadas, leituras compartilhadas, teatrinho de fantoches, onde, em seguida, as crianças são convidadas a recontarem e a escreverem as histórias de seus jeitos. Outra atividade consiste em pedir para as crianças elaborem uma lista de personagens com os quais se identificam na história.
Observamos que é uma atividade onde todos se envolvem, alguns querem recontar, outros, desenhar e escrever.
Uma conseqüência visível desta atividade é que todos os dias acontecem empréstimos de livros paradidáticos que são levados para casa por interesse das crianças. Esta atividade acaba estimulando até mesmo os pais a se envolverem na aprendizagem dos filhos aproximando-os afetivamente.
Para a professora, quando os pais se envolvem no desenvolvimento das crianças é perceptível. Ela procura conversar com os mesmos diariamente e principalmente nas reuniões em sala de aula.
Procura sempre pedir para que os pais leiam com as crianças diariamente, sejam rótulos de embalagens e propagandas, sejam anúncios e os livros que as crianças levam para casa.
“Não se trata, simplesmente, de se ensinar a criança a falar, mas de desenvolver sua oralidade e saber lidar com ela nas mais diversas situações”. (DIAS, 2001, p.36)
A docente trabalha a leitura de forma prazerosa, lúdica e formadora de leitores. Em um trabalho conjunto com a escola, incentiva a leitura através do empréstimo de livros pela biblioteca e mini-biblioteca nas salas de aula da educação infantil e primeiro ano. Existe uma atividade denominada Ciranda de Leitura, onde os livros são divididos por gêneros, cada sala fica com o que achar ideal se trabalhar. Durante a semana todo processo de leitura e produção textual é feito juntamente com a professora.
A escola da grande importância a literatura infantil, pois, para a mesma, o prazer de ler tem que ser cultuado desde a infância.
Através da literatura as crianças imaginam, conhecem, crescem, formando senso crítico, incentivando a possibilidade de termos futuros leitores e grandes escritores.
A professora acredita na contribuição da leitura para a alfabetização e o letramento, pois, segundo ela, quando se incentiva a criança a ler, na contação, por exemplo, ela já quer recontar a história, quer escrever mesmo sendo pré-silábica. A partir daí vai tendo vontade e o prazer de aprender, de escrever, de falar aos colegas.
Tudo isso não deve ser cultivado só na escola, mas também pela família e todos os segmentos político-governamentais. Deve-se ter em mente que são de fundamental importância para o desenvolvimento de um país que “clama” por uma educação de qualidade.
Observamos que a entrevistada procura contemplar as etapas e os níveis de compreensão leitora. Percebe-se que a criança já chega à escola com o conhecimento sobre os objetos e suas funções, procurando fazer relações entre a palavra falada com a imagem do objeto.
A linguagem das crianças vai se tornando cada vez mais próxima da dos adultos, através da imitação e comparação. Trabalha para que as crianças alcancem de forma significativa os outros níveis da compreensão leitora, que consistem na compreensão do material utilizado no meio social e finalmente escrever, saber como se representa a fala no papel.
Vimos que o PAIC, em relação à escrita, trabalha fundamentando-se no estudo da psicogênese da língua escrita, desenvolvido por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. Nesta teoria destaca-se que as crianças formulam uma série de idéias próprias sobre a escrita alfabética enquanto estão aprendendo a ler e a escrever. Reinventam e atribuem aos símbolos da escrita significados bastante distintos dos que lhes transmitem os adultos que as alfabetizam.
Estas hipóteses especificas foram classificadas por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky em quatro níveis:
No nível pré-silábico as crianças apresentam hipóteses bastante elementares sobre a escrita. Possuem dificuldades em diferenciar letras e números. A escrita é vista como um meio de se nomear as coisas. Tendem a acreditar que se escreve guardando as características do objeto a ser escrito.
No silábico a quantidade de letras a serem grafadas corresponde a quantidade de segmentos silábicos pronunciados. Podem se preocupar apenas com o aspecto quantitativo, marcando uma letra qualquer para representar cada sílaba da palavra.  Quando começam a utilizar, na escrita da sílaba das palavras, letras que possuem uma correspondência com os sons representados temos a fase silábica quantitativa.
A fase silábico-alfabética caracteriza-se pelas hipóteses muito próximas da escrita alfabética. Aqui as crianças já conseguem fazer uma relação entre grafemas e fonemas na maioria das palavras que escrevem.
Finalmente, no nível alfabético, o aluno começa a compreender o como a escrita nota a pauta sonora, ou seja, ela já é capaz de fazer a relação entre grafemas e fonemas, embora ainda possua problemas de transcrição da fala e cometa erros ortográficos.
Nesta abordagem consideramos fundamental que os professores construam um método de alfabetização que no planejamento das atividades esteja atento para a heterogeneidade do grupo, oferecendo atividades diferenciadas para alunos que apresentam hipóteses de escritas diferentes, considerando que as respostas dos alunos nas atividades em sala são distintas, e nesse caso, o confronto entre as diferentes respostas é interessante.
Em nossa observação podemos destacar algumas atividades que nos chamaram atenção. A professora busca escrever a agenda perguntando as crianças com que letra elas acham que se escreve determinada palavra; também trabalha com ditados de palavras (as crianças escrevem do jeito que sabem), visando assim, sabem se elas identificam as letras do alfabeto e se sabem grafá-las.
Os alunos também são solicitados a escreverem os nomes dos colegas da sala e o deles próprios para que assim se possa avaliar se conseguem fazer esta atividade sozinhos, assim, a escrita realizada pelas crianças servirá para identificar em qual nível psicogenético (relatado anteriormente) elas se encontram.
O professor deverá, em fim, estabelecer um trabalho que possibilite aos alunos desenvolverem suas habilidades e se tornarem leitores e escritores autônomos. Dando importância à linguagem pela necessidade humana de comunicar-se, decodificar o mundo, a sua realidade, para conhecê-lo e transformá-lo resignificando-os.
“A linguagem tem como objetivo principal a comunicação sendo socialmente construída e transmitida culturalmente. Portanto, o sentido da palavra instaura-se no contexto, aparece no diálogo e altera-se historicamente produzindo formas lingüísticas e atos sociais. A transmissão racional de experiência e pensamento a outros requer um sistema mediador, cujo protótipo é a fala humana, oriunda da necessidade de intercambio durante o trabalho.” (VYGOTSKY, 1998. p. 07)
Alfabetização: novos olhares e novas perspectivas.
O trabalho com a linguagem se constitui em um dos eixos básicos no processo de alfabetização, dado a sua importância para a formação do sujeito, para a interação com outras pessoas, na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento psicomotor e afetivo.
Compreendemos que o domínio da linguagem surge do seu uso em variadas circunstâncias, nas quais as crianças podem perceber a função social que ela exerce e por meio destas aquisições desenvolverem diferentes capacidades. Desse modo, a aprendizagem da linguagem oral e escrita é um elemento essencial para que ampliem suas possibilidades de inserção e participação em práticas sociais diversas.
As palavras só tem sentido em enunciados e textos que significam e são significados por situações. Neste contexto, a linguagem não é apenas o vocabulário, lista de palavras e sentenças, é por meio do diálogo que a comunicação acontece. São os sujeitos em interações singulares que atribuem sentidos únicos as falas. Assim sendo, a alfabetização não deve ser entendida como um desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção, memorização e treino de habilidades sensório-motoras e sim como um processo no qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita em português representa a linguagem e assim poderem ler e escrever com autonomia.
Cabe ao processo de alfabetização ajudar o discente a se constituir como pessoa, passando assim, a conhecer-se. Um importante caminho a ser seguido é a exploração dos vários tipos de textos de forma prazerosa, pondo em evidência a prática de despertar o interesse e a atenção dos discentes, desenvolvendo a imaginação, a expressão das idéias e o prazer pela leitura e escrita. Oportunizando situações nas quais as crianças possam interagir em seu processo de construção do conhecimento, possibilitando o seu desenvolvimento e aprendizado de forma significativa, direcionando um saudável diálogo entre a criança e o livro.
A grandiosidade do processo de alfabetizar não pode ser somente compreendida como uma forma de ensinar, mas de aprender e evoluir, permitindo assim, uma leitura de interpretações do mundo e a compreensão daquilo que se lê. Nesse sentido a alfabetização tem um importante papel, o de conduzir as crianças à aquisição da oralidade, da leitura e da escrita com fruição, isto é, que se sinta o prazer ao estar em sala de aula.
Alfabetizar é a arte da criatividade que representa o mundo através da palavra, fundindo os sonhos e a realidade da vida prática, transformando-a em um processo de continuo aprendizado no convívio escolar, formando leitores que tenham um envolvimento integral com aquilo que lêem, para que a cada leitura adquiram mais profundidade e intimidade com o mundo, fazendo perguntas e buscando respostas para produzir um continuo aprendizado, desenvolvendo a reflexão e um espírito critico.
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nos sabemos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” Paulo Freire
Como educadores devemos proporcionar aos discentes o prazer e gosto pela leitura, valorizando suas experiências de vida através de atividades nas quais eles sejam participantes ativos na construção do seu processo de aprendizagem. Passando a reconhecerem-se como sujeitos do conhecimento e poderem expressar suas opiniões sobre os temas abordados em sala.
Nesta nova concepção devemos estabelecer uma relação dialógica, onde educador e educando vivenciem experiências de trocas de conhecimento, para que possa haver um levantamento daquilo que os educandos já trazem do mundo e dessa forma elaborar estratégias de aprendizagem para se ampliar os conhecimentos.
Considerações Finais
Embasadas nestas reflexões consideramos relevante que o sucesso do processo de alfabetização se dê através do posicionamento do professor em sensibilizar o aluno a encontrar o caminho e o prazer pela descoberta de falar, de ler e escrever, utilizando-as para desenvolver a capacidade de pensar e crescer, proporcionando atividades significativas como: trabalhos em grupos, debates, contação de histórias, dramatização, considerando o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno.
Sendo assim um sujeito atuante, que sente liberdade, prazer e gosto em ser alfabetizado, sentindo-se valorizado ao participar desse processo.
Segundo Paulo Freire “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela pouco a sociedade muda.” Percebemos que a sociedade moderna nos bombardeia com uma série de informações, na maioria das vezes sem significados, fazendo com que essa violência simbólica nos torne individualistas, consumistas e meros reprodutores do sistema, ou seja, alienados, impossibilitando nossa reflexão sobre as relações e problemas sociais, sobre a nossa práxis pedagógica.
Devemos então quebrar os grilhões que nos aprisionam a uma prática mecanicista de ensino, onde os alunos ainda são vistos como meros armazenadores de “determinados” conhecimentos.  Devemos sair do discurso e buscar uma práxis para formarmos não apenas leitores de textos, mas leitores de mundo e agentes transformadores da realidade.
Devemos trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita como base para alfabetizar, proporcionando ao educando a oportunidade se apaixonar. Sim! E porque não se apaixonar pelas letras? Pois a finalidade da educação é formar apaixonados pela vida, pelo conhecimento, pelo outro, para tornar o ambiente em que vivemos mais humano e significativo, comprometido consigo e com a sociedade.

O papel do professor diante da indisciplina na Educação Infantil

Perante este artigo apontaremos a indisciplina na Educação Infantil pelos docentes como um dos principais obstáculos ao trabalho pedagógico. O objetivo deste trabalho é tentar resgatar alguns aspectos da postura do professor em relação à manipulação e a falta de limites das crianças. Definir limites com os alunos, deixar claro o que é possível ser feito e em que situações eles poderão ser cobrados só auxilia em seu crescimento pessoal e em suas atividades estudantis. Um estudo foi realizado com professores da rede municipal de Colinas, onde responderam indagações referentes à manipulação dos alunos perante aos mesmos por terem tratamento submisso. Os resultados indicaram que existe uma submissão do professor, mas essa não está explícita por se tratar de escolas que se privilegiam o aluno, ocasionando a indisciplina. Conclui-se que sustentar esses limites em princípios e valores que lhe dêem respaldo para viver com dignidade é muito importante, pois assim, é estabelecida uma relação entre professor e aluno e entre escola e família.
Palavras-chave: Escola, Limites, Prática Docente.
1 Introdução
O conceito de indisciplina apresenta uma complexidade que precisa ser considerada. Um entendimento suficientemente amplo do conceito de indisciplina escolar, precisa integrar diversos aspectos. É preciso, por exemplo, superar a noção arcaica de indisciplina como algo restrito à dimensão comportamental. Ainda, é necessário pensá-la em consonância com o momento histórico desta virada de século.
Mas este modo de conceituação situa a indisciplina como uma disposição em relação a algum referencial. Assim, o conceito engloba um duplo movimento. Também do lado da escola pode ocorrer alguma incongruência em relação aos referenciais assumidos, de tal forma que também ela pode ser eventualmente considerada “indisciplinada”.
É papel da escola, considerar o quadro concreto das condições e desenvolvimento dos alunos e de suas necessidades, bem como garantir as condições apropriadas ao processo de ensino-aprendizagem. Assim, as expectativas da escola, por exemplo, devem refletir não uma disposição autoritária elaborada por um determinado grupo responsável por processos decisórios na escola, mas uma orientação de base consensual que reflita a contribuição de toda a comunidade ligada à escola, e não apenas dos profissionais da educação que nela atuam.
Em tempos modernos, certos princípios estão em pauta gerando preocupação sobre a ação docente perante os valores que devem ser construídos no processo educativo. Destacamos em especial a indisciplina na Educação Infantil e como o professor está lidando com a falta de limites em sala de aula. Para Rheta De Vries e Betty Zan, “o ambiente sócio-moral é toda a rede de relações inter-pessoais em uma sala de aula. Essas relações permeiam todos os aspectos das experiências da criança na escola”. (1998, p.11).
Dar limites às crianças na Educação Infantil é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro, ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida, começando então a combater a indisciplina. O professor nas aulas de Educação Infantil constrói conhecimentos, firma habilidades, estrutura significações, desperta potencialidades assim também estabelecendo limites.
Nos dias atuais o que observamos é que nossas crianças se apresentam hiperativas, com linguagem agressiva, rebeldes, sem educação e indisciplinadas. Os professores de hoje se sentem preocupados com essa realidade, pois estes fatores terminam influenciando no processo ensino-aprendizagem e até mesmo na formação cidadã dos alunos.
2 Justificativa
Podemos afirmar que o papel do adulto frente ao desenvolvimento infantil dentro da teoria sócio interacionista é de uma importância ímpar, pois permite que sejam proporcionadas experiências diversificadas e enriquecedoras, que venha desenvolver as suas capacidades cognitivas, despertando confiança em si, se sentir amado, respeitado. Porém tudo isso é um processo longo, que deve ser feito de forma contínua e dinâmica, daí a importância de se iniciar na infância.
Diante da problemática discutida até então e por dar ênfase nas reclamações de professores atuantes nesta modalidade de ensino sobre o comportamento de seus alunos, chegou-se ao seguinte problema: De que forma, nós docentes, podemos contribuir para amenizar a indisciplina na Educação Infantil de modo a favorecer um ambiente facilitador no processo ensino-aprendizagem?
A princípio percebe-se a indisciplina como um dos principais obstáculos enfrentados pelos professores de Educação Infantil, entretanto, há uma significativa persistência dos mesmos no sentido de amenizar o problema através da união de forças em pais e professores, mas que isso, é preciso buscar pontos de convergências desses esforços, dar a eles uma certa lógica no sentido de solucionar o problema.
Nesse contexto, a indisciplina na Educação Infantil faz-se necessária à discussão sobre qual o papel do professor no sentido de compreender o seu objeto de estudo que é de formular uma metodologia que venha reduzir a indisciplina na Educação Infantil, possibilitando assim melhoria no processo educacional.
Outro aspecto a ser considerado são as colocações de apelidos pejorativos nas crianças: agressivo, burro, dengoso, maluco, traquino, etc. É necessário que os profissionais dos Centros de Educação Infantil tenham o compromisso ético ao dar limites à criança não a exponha em situações ridículas e nem constrangedoras.
Não podemos deixar de citar outro aspecto referente às preferências, o profissional deve tratar todos com igualdade, portanto, não tecer elogios e fazer comparações entre as crianças, para que não se sintam rejeitadas, todas, sem exceções, devem receber o mesmo tratamento. Diante disso, se faz necessário que todos profissionais de Educação Infantil ofereça às crianças um ensino de qualidade tendo como base os direitos conquistados e dedicados às crianças e às famílias.
Entendemos que a Educação Infantil é a salvação, a nossa esperança, portanto, uma educação que forme homens para transformá-los em agentes da sua história, cidadãos de bom caráter, e futuramente profissionais humanitários, líderes capazes de defender a comunidade.
A pesquisa caracteriza-se por um estudo do caso descritivo, explicativo, bibliográfico e ex post facto (cf Taxionomia de Vergadura, 2003). Descritivo porque visa descrever a indisciplina na Educação Infantil; explicativo porque busca um método eficaz para amenizar a indisciplina da mesma; bibliográfica, face à necessidade de se recorrer a uma vasta literatura, livros, revistas, hipertextos, entre outros, para elaboração do marco teórico do trabalho.
Os sujeitos envolvidos na pesquisa são professores, pai e alunos que participam ativamente do processo ensino-aprendizagem. As ações implementadas constituem-se de grande relevância porque permitem expandir a reflexão como as interações de idéias, esforços coletivos entre todos os segmentos citados, podem ser úteis no sentido de buscar soluções alternativas que permitem amenizar este problema.
3 Uma análise da literatura contemporânea sobre a indisciplina na Educação infantil
3.1 História da Educação Infantil
No Brasil, o surgimento das creches foi um pouco diferente do restante do mundo. Enquanto no mundo a creche servia para as mulheres terem condição de trabalhar nas indústrias, no Brasil, as creches populares serviam para atender não somente os filhos das mães que trabalhavam na indústria, mas também os filhos das empregadas domésticas. As creches populares atendiam somente o que se referia à alimentação, higiene e segurança física. Eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
Em 1919 foi criado o Departamento da Criança no Brasil, cuja responsabilidade caberia ao Estado, mas foi mantido na realidade por doações, que possuía diferentes tarefas: realizar histórico sobre a situação da proteção a infância no Brasil; fomentar iniciativas de amparo à criança e à mulher grávida pobre; publicar boletins, divulgar conhecimentos; promover congressos; concorrer para a aplicação das leis de amparo à criança; uniformizar as estatísticas brasileiras sobre mortalidade infantil.
Da década de 60 e meados de 70, tem-se um período de inovação de políticas sociais nas áreas de educação, saúde, assistência social, previdência etc. Na educação, o nível básico é obrigatório e gratuito, o que consta a Constituição. Há a extensão obrigatória para oito anos esse nível, em 1971. Neste mesmo ano, alei 5692/71 traz o princípio de municipalização do ensino fundamental. Contudo, na prática, muitos municípios carentes começaram esse processo sem ajuda do Estado e da União.
As carências culturais existem porque as famílias pobres não conseguem oferecer condições, para um bom desenvolvimento escolar o que faz com que seus filhos repitam o ano. Faltam-lhes requisitos básicos que não foram transmitidos por seu meio social e que seriam necessários para garantir seu sucesso escolar. E a pré-escola irá suprir essas carências. Contudo, essas pré-escolas não possuíam um caráter formal; não havia contratação de professores qualificados e remuneração digna para a construção de um trabalho pedagógico sério.
Nos anos 80, os problemas referentes à educação pré-escolar são: ausência de uma política global e integrada; a falta de coordenação entre programas educacionais e de saúde; predominância do enfoque preparatório para o primeiro grau; insuficiência de docente qualificado, escassez de programas inovadores e falta da participação familiar e da sociedade.Através de congressos, da ANPEd e da Constituição de 88, a educação pré-escolar é vista como necessária e de direito de todos, além de ser dever do Estado e deverá ser integrada ao sistema de ensino (tanto creches como escolas). A partir daí, tanto a creche quanto a pré-escola são incluídas na política educacional, seguindo uma concepção pedagógica, complementando a ação familiar, e não mais assistencialista, passando a ser um dever do Estado e direito da criança.
Com a Constituição de 88 tem-se a construção de um regime de cooperação entre estados e municípios, nos serviços de saúde e educação de primeiro grau. Há a reafirmação da gratuidade do ensino público em todos os níveis, além de reafirmar serem a creche e a pré-escola um direito da criança de zero a seis anos, a ser garantido como parte do sistema de ensino básico. Neste período, o país passa por um período muito difícil, pois aumentam-se as demandas sociais e diminuem-se os gastos públicos e privados com o social. O objetivo dessa redução é o encaminhamento de dinheiro público para programas e público-alvo específico.
Com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8069/90, os municípios são responsáveis pela infância e adolescência, criando as diretrizes municipais de atendimento aos direitos da criança e do adolescente e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, criando o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Tutelas dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Nos anos 90, o Estado brasileiro vê na privatização das empresas estatais o caminho para resolver seu problema de déficit público, não tentando resolver com um projeto mais amplo de ampliação industrial. Com essa situação, na educação tem-se aumentado a instituição de programas de tipo compensatório, dirigido para as classes carentes. Esse programa requer implementação do sistema de parceria com outras instituições, já que o Estado está se retirando de suas funções.
Concluindo, a educação infantil é muito nova, sendo aplicada realmente no Brasil a partir dos anos 30, quando surge a necessidade de formar mão-de-obra qualificada para a industrialização do país. E a educação infantil pública é muito ineficiente devido à politicagem existente no governo brasileiro, que está favorecendo a privatização da educação, como a de outros setores também.
3.2 Indisciplina na Educação Infantil
Naturalmente, o professor não deve permitir que somente as crianças participem do processo de estabelecimento de regras, mas sim discutir o que é o estabelecimento de regras, oferecem idéias de como criá-las, fixa-las por escrito na sala de aula e envolve-las no cumprimentos destas.
É importante que os professores adotem um padrão básico de atitudes perante as indisciplinas mais comuns, como se todos vestissem o mesmo uniforme comportamental. Tal ideal protege a individualidade do professor. Quando um aluno ultrapassa os limites, não está simplesmente desrespeitando um professor em particular, mas as normas da escola. Portanto faz necessário o professor ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo de construção do conhecimento, agindo como agente entre objetos do saber e a aprendizagem, ser para o aluno seu decifrador de códigos e receptor de suas muitas linguagens. Para Ferreira Júnior (2006), a autoridade é tudo que faz com que as pessoas obedeçam, sem buscar a imposição e sim no diálogo; e o autoritarismo é uma autoridade sem limite, e com exagero, que torna outro passivo ou submisso às regras.
Diante da confusão em relação aos conceitos mencionados, os pais optam por não colocar limites. Outros alegam que a geração de pais recebe outro tipo de modelo através da mídia e acaba sofrendo sua influência. Para essa abordagem liberal os pais estão sendo influenciados em modelos liberais e terminam por assumir um papel mais “moderno” de educar.
Sendo assim são corretos os seguintes ensinamentos do professor Içami Tiba (1996, p. 43):
Cabe aos pais delegar ao filho tarefas que ele já é capaz de cumprir. Essa é a medida certa do seu limite. É por isso que os pais nunca devem fazer tudo pelo filho, mas ajudá-lo somente até o exato ponto em que ele precisa, para que depois, realize sozinho suas tarefas. É assim que o filho adquire auto-confiança, pois está construindo sua auto-estima. O que ele aprendeu é uma conquista dele.
4 Fatores relacionados à causa da indisciplina na Educação Infantil
Continuando a discussão sobre a indisciplina na educação infantil e qual o papel do professor diante da mesma, podemos ressaltar a falta de acompanhamento dos pais no que diz respeito a limites e as normas estabelecidas pela escola e sociedade.
Segundo o livro “Escola seus conflitos: parceria com os pais”, Tânia Zagury (2002, p.192) relata que:
Hoje, a punição é cada vez mais rara, tanto na escola como em casa. Os pais têm larga parcela de culpa no que diz respeito à indisciplina dentro da classe. É uma situação cada vez mais comum: eles trabalham muito e tem menos tempo para dedicar a educação das crianças. Sentir-se culpados pela omissão, evitam dizer não aos filhos e esperam que a escola assuma a função que deveria ser deles, a de passar para a criança os valores éticos e de comportamento básico.
Uma solução possível seria revitalizar a confiança da família no seu papel de formadora e trazê-la cada vez mais para dentro da instituição. Quando os pais passaram a se sentir inseguros e culpados por não estar tão próximo dos filhos, a escola tenta ocupar esse espaço; mas ela não tem condições de fazer bem as duas coisas. Os conteúdos estão mudando rapidamente. Ao levar os pais a participarem de encontros, palestras, reuniões e troca de experiências com outros pais, eles saem fortalecidos e sentem que não estão sozinhos nesta luta educacional e social.
A escola vem estruturada com uma série de regras diferentes da disciplina da família, e querendo enquadrar todos nesta mesma regra. A escola torna a disciplina como regra e não como objetivo educacional, como deveria. Pois como diz FREIRE (1998): “Disciplina pronta não existe, é preciso que todos os sujeitos envolvidos no processo educacional participem da construção do sistema de disciplina”.
De acordo com a nossa realidade, o excesso de indisciplina na escola sugere que a instituição não está cumprindo seu papel como deveria. A indisciplina afeta a vida escolar porque perturba a relação pedagógica, impactando negativamente o aprendizado dos alunos.
4.1 Ausência dos pais no desenvolvimento
A ausência paterna principalmente no período de dois a cinco anos, traz conseqüências graves, pois é nesta fase que a criança identifica-se com o pais, e quando há uma falta de acompanhamento, todo o princípio educacional desta criança estará comprometido psicologicamente.
4.2 Nível cultural dos pais no desenvolvimento
O nível cultural dos pais também influencia a criança, pois ela sempre quer imitá-los. Tal imitação depende muito do nível em que ela vive. Havendo uma imitação negativa, por exemplo, falar errado ou expressa-se de forma diferente, trará como conseqüência o processo de construção da identidade e consequentemente na formação da personalidade do indivíduo no ambiente social que está inserido. Paro (1973) diz: “A criança é considerada indisciplinada quando apresenta privação cultural. Quando não freqüenta pré-escola como prevenção dos problemas infantis. Seria, portanto, aquela criança sem orientação, que fica o dia todo, na rua sem fazer absolutamente nada”.
Apoiaremos na educação construtiva, onde o ambiente sócio-moral deve ser cultivado e o respeito continuamente praticado. Isso porque o ambiente sócio-moral é toda a rede de relações inter-pessoais em sala de aula. Essas relações permeiam todos os aspectos das experiências da criança na escola.
O termo ambiente sócio-moral sugere as relações das crianças com seus professores ou familiares e entre elas mesmas, tendo assim um impacto sobre experiências e seu desenvolvimento social moral dependem da ação dos adultos, dos pais e dos professores.
5 Uma proposta metodológica de superação da indisciplina na educação infantil
Metodologia é um campo que procura descrever, pesquisar e justificar os melhores métodos e técnicas de determinada área. Sendo assim, cada área tem a sua metodologia específica. A palavra "Metodologia de Ensino" está voltada para a área de ensino e procura descrever os melhores métodos e técnicas para que o ensino-aprendizagem possam serem desenvolvidos com maior qualidade e motivação.
Os métodos podem ser aplicados a todas as áreas tendo conceitos específicos para as diversas ciências em particular. Já as técnicas estão relacionadas sempre com a prática, ação em que o objetivo é a compreensão do ensino.
Com a intenção de buscar um espaço de reflexão que possibilite um avanço de conhecimento e um aprofundamento de investigações sobre a Educação Infantil, temos que ressaltar sempre, as desigualdades entre as crianças, o seu contexto de vida etc.
Conhecer as teorias e metodologias da Educação Infantil não é um fator isolado. Ela faz presente de um processo que se caracteriza fundamentalmente pela sua pessoalidade. Cada criança faz a sua própria construção, mas em constante troca com o outro, com o mundo em que vive com todo o contexto sócio-cultural que o cerca.
Este artigo procura apresentar a construção de conhecimento que se refere ao ensino na Educação Infantil através de reflexão de criticada prática e de avaliação, ressaltando a importância do vínculo específico professor-aluno, no processo da aprendizagem, que compreende o aprender, o ensinar, o conhecer e o ouvir, através de uma pedagogia onde se exerce o desejo e a decisão.
 Segue algumas propostas metodológicas para redução indisciplinar na modalidade de educação infantil:
1 - Estabeleça regras claras
2 - Faça com que seus alunos as compreendam
3 - Determine uma sanção para a quebra das mesmas
4 - Determine uma recompensa para seu cumprimento
5 - Estabeleça estratégias em conjunto com a equipe
6 - Respeite seus alunos
7 - Ouça-os
8 - Responda ao que lhe for perguntado com educação e paciência
9 - Elogie boas condutas
10-Seja claro e objetivo em suas intervenções
11-Deixe claro que o que é errado é o comportamento, não o aluno
12-Seja coerente em suas expectativas
13-Reconheça os sentimentos de seus alunos e respeite-os
14-Não lhes diga o que fazer; permita que cheguem às suas próprias conclusões
15-Não descarregue a sua metralhadora de mágoas em cima deles
16-Encoraje sempre
17-Acredite no potencial de cada um e no seu
18-Trabalhe crenças negativas transformando-as em positivas
19-Seja afetuoso(a)
Por fim apresentamos sugestões metodológicas baseadas na concepção de FROEBEL, pois segundo o educador e fundador dos jardins de infância (1782 – 1852), a infância é a fase mais importante e decisiva na formação de pessoas e comparava-as a uma planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira saudável. As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel, onde para ele as brincadeiras são os primeiros recursos no caminho da aprendizagem minimizando a indisciplina.
É no período pré-escolar, que as crianças têm a oportunidade de trabalhar com conteúdos adequados para sua idade, sendo manipulados de forma correta para serem absorvidas por elas, trabalhar com atividades lúdicas, de forma com que esta contribua com o seu desenvolvimento, auxiliando com a construção do conhecimento, e assim, na formação da criança, pois, já se sabe que a criança não aprende apenas com atividades formais e sistematizadas, mas com atividades que priorizam o desenvolvimento social, cultural, psíquico, motor-sensorial e cognitivo.
5.1 Reflexão sobre a prática
A reflexão do educador infantil referente à escola, as crianças e a sua prática é fundamental para o aperfeiçoamento e, principalmente, a conscientização a respeito da importância deste artigo.
Visando sempre a análise, sugerem-se algumas mudanças e/ou passos a serem adotados em um processo de reflexão do trabalho deste educador e a sua convivência com a criança. Além disto, mostra-se a importância que nem sempre os métodos adotados são eficientes para que a criança possa assimilar e com isto, acontecer a aprendizagem, buscando um caminho para que se possa atingir o objetivo da educação.
O educador, por causa disto, às vezes, tem que modificar esses métodos no momento certo, instigando a  curiosidade de diversas formas, redefinir uma ação pedagógica que possa alcançar o desenvolvimento da criança, sendo sempre coerente ao “mundo” em que esta criança convive.
Devemos sempre incentivar a criança, para que os objetivos possam ser sempre alcançados e acima de tudo, termos um conhecimento claro das mesmas. Se ocorrerem estes aspectos, estaremos cada vez mais próximos das crianças, acompanhando-as o ato da aprendizagem e da construção constante do seu conhecimento.
6 Considerações finais
Com a concepção de educação infantil, as creches e pré-escolas passam a ser também um espaço de educação. A mesma atende uma clientela especial: crianças pobres, geralmente com comportamento indisciplinado e que por isso precisa de professores com competência adequada para lhe dar com suas características peculiares.
Esses professores que não devem usar sua autoridade em forma de autoritarismo, e sim como forma de controle para disciplinar, pois a criança não se educa sozinha. Além disso, deve-se primar por um planejamento adequado à turma.
Dessa maneira se exigirá do educador o conhecimento das reações das crianças, percebendo suas tentativas, limites e possibilidades, planejando a ação pedagógica a partir dessas observações e reflexões.
Concebemos a aprendizagem como resultado de uma construção pessoal e coletiva, que resulta em compreender, manipular e reconstruir os objetos do mundo físico e social que cercam as curiosidades e as relações que as crianças estabelecem entre si.
Para tanto, a tarefa educativa precisa ser considerada um processo que necessita ser amplamente documentado e analisado. Isto porque, neste processo cada sujeito tem um percurso pessoal e independente, e seu acompanhamento é a única forma de não valorizar apenas o produto final.
E, finalmente, não existe como o trabalho do educador não esteja inserido dialeticamente na prática e na teoria, e sempre, em busca constante de reformulação e construção de seu próprio pensar e fazer, para que aconteça a aprendizagem, vinculada necessariamente às experiências e vivências das crianças

Como a criança aprende

                               Educação infantil
OBJETIVOS GERAIS


• Preparar para a cidadania dentro da compreensão teórica e prática dos direitos e deveres da pessoa humana, da família e demais elementos que integram o convívio social, desenvolvendo atitudes de solidariedade, diálogo, cooperação, repúdio às injustiças e respeito mútuo;
• Através do reconhecimento dos diferentes ambientes possibilitando a criança o conhecimento de si e do outro, proporcionando a construção de sua identidade;
• Ampliar o conhecimento de mundo da criança partindo de seus conhecimentos e manuseando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades, entrando em contato com formas diversas de expressão artística e corporal.
• Compreender o ambiente natural e social em todos os aspectos em que se fundamenta a sociedade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Valorização da relação adulto/criança e criança/criança, para o desenvolvimento da sua autonomia;
• Proporcionar a criança um conhecimento matemático que favoreça o desenvolvimento do seu raciocínio lógico concretamente;
• Promover a vinculação do discurso oral com o texto escrito;
• Promover a integração do grupo, a socialização das crianças e o desenvolvimento psicomotor (coordenação motora ampla, fina e coordenação viso motora);
• Organizar atividades para que a criança amplie seus conhecimentos na compreensão do mundo no qual está inserida;
• Desenvolver o espírito de coleguismo, companheirismo e solidariedade;
• Reconhecimento do próprio corpo e aceitação das diferenças entre os colegas;
• Observação e exploração do meio ambiente;
• Ampliação da comunicação visual, verbal, corporal e escrita nas diferentes relações sociais;
• Levar a criança a perceber as diferenças que existem entre elas;
• Orientar as crianças sobre a importância da higiene e uma boa alimentação para termos uma vida saudável;
• Incentivar a curiosidade natural, estimular as atitudes científicas, investigativas e questionadoras;
• Proporcionar trocas de brinquedos entre as crianças;
• Descobrir e explorar o seu corpo, utilizando-o como meio de comunicação e expressão;
• Realizar atividade de volta à calma, com o intuito de relaxar corporalmente;


             como a criança aprende?

            A aprendizagem social juntamente com a maturação das estruturas biológicas, formam o alicerce fundamental do desenvolvimento na infância. Aprender, de uma forma geral é um processo que envolve diversas áreas do desenvolvimento, tais como a psicomotora, afetiva, social, como também, depende do envolvimento do sistema nervoso central.
            No cérebro humano encontramos o córtex cerebral, onde cada região microscópica é responsável por uma função diferente. Essas regiões se comunicam entre si trocando mensagens e somando dados, mediadas por substâncias chamadas neurotransmissores e formando uma rede complementar de informações, o que permite a complexidade do seu funcionamento.
            A aprendizagem implica modificações no sistema nervoso. Geralmente se produz por ação de um estímulo externo (treinamento, experiência) e é um processo adaptativo, já que o indivíduo vai modificando-se frente as alterações do ambiente.
Com isso, vemos a importância de estimulos significativos na primeira infancia, pois, para que a aprendizagem se concretize, a criança associa experiencias pré adquiridas com funções perceptivas e motoras, na elaboração de um novo conheciemnto, permitindo assim, formar estruturas mentais indispensáveis. Estas, por sua vez possibilitam ao indivíduo relacionar vivências concretas com situações abstratas a cada momento.
O desenvolvimento da linguagem fala e escrita leva anos. Não se alfabetiza a criança no seu primeiro ano escolar. O processo começa muito antes, fora da escola. A criança vive um mundo cheio de letras e números e já tem conceitos com relação a eles. O papel da alfabetização formal (pré-escola/primeiros anos) é permitir que elas convivam e manejem letras e números da mesma forma que manejam tesouras, colam, pintam e desenham. Fica clara a necessidade de uma atenção especial ao període de alfabetização como um dos fatores de maior importância para a estruturação do conhecimento.
Alés disto, o estado emocional e o nível de afetividade também interferem no aprendizado. Para que um indivíduo aprenda é necessário  que haja “bem-estar bio-psico-social”.
Nessa perspectiva, entendemos que a aprendizagem coincide com um momento histórico, um ambiente propício, uma etapa biológica da  inteligência e um sujeito conpreendido em diferentes dimensões:
           
Dimensão biológica: estruturas operatórias que permitem a aprendizagem e a organização dos conceitos concretos e abstratos em concordancia ao seu estágio de desenvolvimento fisiológico-neuronal.

Dimensão cognitiva: frente a uma situação nova, o sujeito adapta-se depois da experiência do ensaio-erro; relacionando os elementos do ambiente à aprendizagens anteriores, através de estimlumos cotidianos reorganiza um novo aprendizado e amplia suas estruturas do pensamento.

Dimensão social: onde o sujeito aprende as modalidades de ação que o tornam integrantes de uma cultura. Inclui interação e socialização com crianças da sua faixa etaria e também adultos que possibilitam a mediação e a troca de experiências.