"A ESCOLA NÃO É ESTÁTICA NEM INTOCÁVEL. A FORMA QUE ELA ASSUME EM CADA MOMENTO É SEMPRE O RESULTADO PRECÁRIO E PROVISÓRIO DE UM MOVIMENTO PERMANENTE DE TRANSFORMAÇÃO,IMPULSIONADO POR TENSÕES,CONFLITOS, ESPERANÇAS E PROPOSTAS ALTENATIVAS".
16 outubro 2007
INCLUSÃO
Benefícios da educação inclusiva
Estudantes com deficiência
• Desenvolvem a apreciação pela diversidade individual
• Adquirem experiência direta com a variação natural das capacidades humanas
• Demonstram crescente responsabilidade e aprimoram a aprendizagem
• Ficam mais bem preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada, por meio da educação em salas de aula diversificadas
Estudantes sem deficiência
• Têm acesso a uma gama mais ampla de modelos de papel social, atividades de aprendizagem e redes sociais
• Desenvolvem, em escala crescente, o conforto, a confiança e a compreensão da diversidade individual deles e de outras pessoas
• Demonstram crescente responsabilidade e aprimoram a aprendizagem
• Ficam mais bem preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada, por meio da educação em salas de aula diversificadas
• Beneficiam-se da aprendizagem sob condições instrucionais diversificadas
Dicas básicas para a escola
Deficiência motora
- No acesso à sala de aula, assinale todo o percurso preparado para esse aluno e ensine às pessoas a respeitarem essas adaptações. Aconselhe o aluno a conhecer o ambiente antes do início das aulas.
- É importante que a sala de aula seja no térreo ou que a escola possua rampas. Se isso não for possível, é necessário um corrimão de cada lado em todas as escadas.
- Nos banheiros, as portas devem ser largas o suficiente para as manobras das cadeiras de roda e possuir um símbolo de acesso para os portadores de deficiência. Além disso, os puxadores da porta devem ser colocados em uma altura adequada.
- As mesas e cadeiras devem proporcionar uma posição confortável e o equilíbrio necessário para a segurança do aluno.
- Responder as perguntas de uma maneira honesta ou, se for o caso, dizer que não sabe. Recorrer aos gestos e à mímica se houver dificuldade de entendimento na comunicação oral.
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Deficiência auditiva
- Colocar o aluno em uma posição que lhe permita seguir facilmente aquilo que se passa, como na 2ª fila.
- Explique o conteúdo da matéria com imagens e certifique-se de que está bem de frente para o aluno. Não grite, fale devagar e naturalmente.
- Aceite todas as linguagens gestuais e não estranhe a pobreza de vocabulário.
- Proporcione as mesmas atividades escolares e recreativas igualmente para todas as crianças.
Deficiência visual
- Caminhar em linha reta, até que ele consiga fazer o trajeto sozinho. Deixe-o seguir o seu ritmo e ofereça seu braço. Nas passagens estreitas onde cabe apenas uma pessoa, siga adiante e diga a ele o que se passa.
- Dê uma volta completa na sala para que ele entenda a disposição dos móveis e do quadro. São informações úteis ao aluno os percursos de toda a escola, incluindo as curvas, as inclinações, as subidas e as descidas, as correntes de ar. Se houver alguma mudança na sala de aula, ponha-o ciente de tudo.
- Avise-o onde começa e onde termina uma escada. Para mostrar-lhe uma cadeira, coloque duas mãos nas costas da mesma. O aluno deve ter uma posição confortável para ficar.
- Se o aluno precisar ir ao banheiro, mostre-lhe onde fica o vaso sanitário, o papel, a pia. Leia alto aquilo que escrever no quadro negro para que o aluno consiga acompanhar o raciocínio.
- Se puder usar ilustrações em alto relevo, três dimensões, use-as para que ele possa observar pelo tato.
- É importante não esquecer que a leitura em Braille é mais lenta do que a comum. Às vezes esses alunos carecem de lupa e ampliações e as letras devem ser feitas mais espaçadas e maiores.
- "Ali", "aqui" não são expressões esclarecedoras para os portadores de deficiência visual. É necessário dizer com precisão os lugares como: "atrás de você" ou "à sua frente".
- Sempre que se dirigir a ele, diga seu nome e quando for embora, despeça-se. Se entrar alguém estranho na turma, coloque-o a par.
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´- Descreva sempre o que pretende que ela faça. Na hora da refeição, diga-lhe o que vai comer.
- Organize jogos como cabra-cega para que as outras crianças consigam perceber as dificuldades enfrentadas pelo colega.
Deficiência mental
- Acredite que ele tem potencial para aprender e que a escola pode beneficiá-lo. Facilite sua integração e estimule-o a cooperar, mas dê mais tempo para cada atividade, é necessário um ritmo adequado a ele.
- São importantes a música, os trabalhos manuais, a educação física, a expressão plástica e as atividades diárias. Promova amplos contatos da turma.
- O contato com a família é fundamental. Estimule sua independência e proporcione um sentimento de integridade e autonomia.
Epilepsia
- Mantenha a calma durante uma crise, observe o que se passa para depois relatar à família ou ao médico, retirar obstáculos que podem machucar o epilético, afrouxar a gola ou o cinto para facilitar a respiração, colocar entre os dentes um lenço dobrado para que evite morder a língua, explicar a seus alunos que alguns hábitos como forçar a abrir as mãos, puxar a língua, dar água, são perigosos e prejudiciais, chamar uma ambulância se a crise demorar mais de 15 minutos.
Hemofilia
- Exercer uma vigilância mais constante a seus alunos. Na maioria dos casos, o hemofílico não pode participar das aulas de educação física, mas podem praticar atividades físicas desde que não haja riscos de contusões. A criança deve portar o Cartão do Hemofílico com as indicações necessárias para a família e para os médicos em caso de acidente.
Fontes: Revista Educarede e Coordenaria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
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